(obrigada aos fofos que nunca deixaram de 'estar' comigo)
Inspira... Expira... Bons ares, meus aires, Buenos Aires.
(obrigada aos fofos que nunca deixaram de 'estar' comigo)
A mel já foi. A minha mae já foi. Agora é a casa que se fecha, lavados os solos e tapados os moveis. O proprietario chega daqui a uma hora para fechar o contrato e nos por a andar.
E depois, é a minha vez.
Depois de idas mais-que-muitas ao aeroporto de ezeiza a levar outras almas deste ano de Buenos Aires, a proxima será a minha ida, e depois de encerradas muitas contagens decrescentes de outros e outras coisas, de repente comeca a minha propria - e é tao curta!!
Um ano de demasiadas coisas enfiado já em duas malas em excesso de peso(!) e 9 dias para as despedidas de quem fica (quase ninguem, sou das teimosas resistentes da velha guarda) e dos lugares - nao é descabido??
Nem sei para onde me virar. Ontem já tive o meu primeiro ataque de histeria, quando recebi um soco no estomago do meu quarto vazio, branco, nao pertencente a ninguem, já.
Enfim, coisas que passam!
É bom saber que ha pessoas desse lado que contam os dias por mim (és o maior, mart!!)
até já.... Quase!!
Há os que tem gatos em casa. E há os outros.
(um lama de estimacao, com direito a chá e tudo)
O amanhecer no lago Argentino - que se chama assim, porque tem um extraordinário azul, e entre ele e o céu limpo que os primeiros exploradores encontraram, estava a montanha nevada: as cores da bandeira, portanto.
Um barco ao estilo petroleiro-chic, a vaguear entre glaciares e outros gelados flutuantes - um titanic, em ousadia.
A paleta de cores é real e é de outro mundo - a Patagónia. Os azuis sao furiosos, os cinzentos espelhados, e os brancos, imensos.
Patagonia, parte I: os Glaciares.