viernes, 30 de mayo de 2008

Até logo, vou hibernar

Qual e coisa, qual e ela, que nem com com 3pares de meias, dois cachecois e um gorro se aguenta??
A onda de frio que esta a congelar a Argentina, batendo bastantes graus abaixo de zero em varias cidades, e uns humildes -1,5° em Buenos Aires.
E quem e que me diz que eu consigo sair da cama pela manhazinha??
A ponta do nariz espreita fora dos cobertores, e dá logo vontade de chorar... Que frio terrível, por Dios!!

domingo, 25 de mayo de 2008

Nota de histeria

MUM'S COMMING!!!!!!!!!!!!!!!!
A minha querida progenitora vem passar uns vinte dias (iauch!)com a sua cria!!!!!!
Contam-se os dias, fazem-se planos, soltam-se alguns gritinhos de histeria!!
E vamos acabar a batatada sem duvida, mas que bom voltar a poder faze-lo, nao??
Que bom que vem, querida pequena.
Fico a espera!

o que raio anda a miuda a fazer???

Tem sido dificil escrever…
Há muito tempo que nao sinto o ímpeto de correr a contar algo, que penso que não podem perder – sem contar com o incidente dos limões, obviamente, que nos proporcionou um par de gargalhadas descontroladas com a vizinha que se pos a discutir com a policia que fazia barreira de segurança (para proteger… os limões??), porque ‘’a vizinha Adelina’’ – nome fictício – ‘’levou uma saca cheiinha de limões pra casa, e tudo o que eu tenho são estes 4 míseros limõezinhos, que até verdes estão!!!’’
Ë extraordinário como se consegue este grau de indignacao (viva a sabedoria Gato Fedorento), como se de facto houvesse um direito aos limões caídos no chão.
Bom, dizia eu: é estranho.
Pergunta: alguma vez me passou pela cabeça criar um blog para contar as minhas vivências em Lisboa?, para contar a minha normalidade??

[ Talvez não fosse má ideia…com um numero quase ou efectivamente inexistente de leitores e comentarios, no doubt (e é tão bom receber palpites de outros lados, comentem, aparvalhem, soltem o comentarista/poeta/critico/humorista/chato/ que há vós, e façam-me o dia mais feliz! Hehe), mas certamente um registo digno de análise, que interesaria qualquier psicoanalista/psicoterapeuta/psicotonto – um diário da minha ‘normalidade’?? Chévere, recopado!! Zzzzzz……..]

Bom, perceberam a ideia, não??
E esta potencial morte cerebral colectiva, que dito blog provocaria, não implicaria de todo uma vida aborrecida, ou uma indiferença generalizada pelos toques quotidianos que me brindam all fucking days.
Hey!! Sou apaixonada por Lisboa, Cidade minha, fado meu (estou a ouvir Gente da minha Terra, permitam-me o descontrolo emocional por breves linhas), o meu rio a faiscar nas esquinas de pedra das casas velhas, as minhas calcadas brancas, pombos, cafés, velhos, bitoques, aquela imperial no jardim do príncipe real ou no miradouro de santa Catarina…. O rio a noite… a ponte…
Acho que vivi sempre o meu dia-a-dia num certo estado de encantamento com Lisboa.

Sinto isto que tento explicar com Buenos Aires. Já não é o gigante que me atordoa, que me arrebata de histeria fascinada, não sinto necessidade de falar dela todo o tempo – cheguei a isto que se chama a Normalidade.
E não, não quer dizer que tudo se tornou aborrecido, sem magia, indiferente…
Adoro esta Cidade, adoro sentir-me aqui, sair a rua e sentir o Movimento – o mesmo que senti, intrigada, em Setembro. Continuo a ve-la bonita – e mais bonita que nunca! – e o charme que tem esta miúda, nem mil anos lho tiram.
Mas os meus ânimos já não são de aprende-la ansiosamente; antes vive-la devagarinho, saborea-la, deixa-la correr nos meus dias, escorrer por mim.
Normal, naturalmente, com a pacatez da Normalidade y já não com a sofreguidão de um ‘turista’.

E por isso ja nao escrevo tanto… e as vezes parece que estou a deixar escapar coisas, e vocês também, mas al final, faz tudo parte do processo natural das coisas, e a verdade é que estou a disfrutar de minha Cidade com cada parte de mim…
E hey!, há sempre episódios de limões a salpicar a historia!

sábado, 17 de mayo de 2008

In Buenos Aires, O Regresso

Buenos Aires está bonita. As árvores tem cores de Outono, o sol sigue aparecendo como um miminho a cortar o frio que se vai notando…
Eu estou… tranquila. Por fim.
Depois de muitos esticões no pescoço e na paz de espírito, e demasiadas emoções a flor de uma pele que recém voltava a ‘’casa’’, finalmente me voltei a adaptar a minha doce vida porteña.
Tive que reaprender a Cidade. Já não estavam as pessoas de todos os dias, os jantares na Cabildo, o tango na Godoy, os cafés habituais, as vozes habituais, os bairros habitualmente calcorreados, as caras que se me pegaram ao coracao.
A minha lista do telemóvel estava vazia de repente, e também a Cidade. Já não era a minha multidão, era outra.
Enfim, sempre ia falando com a minha querida espanhola sobre o estranho estado das coisas; de como sentíamos saudades de tanta gente, de como de repente sentimos a Casa vazia, de como voltamos a alguns zeros. E íamos desabafando estas coisas naturais, e era só um peso ligeiro no peito.
E depois a palerma foi-se embora.
Não entremos sequer no momento da despedida – se chorei como uma menina perdida quando por fim virei as costas ao Juan, no aeroporto de Bogotá, esse sábado perdi um Norte - e uns 50% da agua do meu corpo!
Também me pos em perspectiva muitas coisas – o fim de um semestre muito especial: um grupo de gente especial, uma cumplicidade muito própria, mil episódios demasiado incríveis para serem acreditados, e alguns laços firmados já no tempo (querido Juan, mi vida, querida Ainoa, mi pao ibérica, como los extrano!); e o fim de toda a vida porteña, como a conheço. O fim da própria MINHA aventura.
Mas não desenvolvamos esta ideia, pelo menos para já (3 meses countdown.......).
Nessa noite, não fui capaz de vir dormir a casa, e finalmente segunda a noite, respirei fundo, e decidi que tinha de viver outro capitulo.

E assim tenho acordado todas as manhas até hoje, de vez em quando há musicas que me levam a outros dias e essas caras sorridentes que me fazem falta, nos dias de todos os dias (a distancia de uma mensagem é um bem inexplicável… a distancia de um oceano, de um voo largo, de três fronteiras e muitas paisagens...puff), mas já se ve bem construído um segundo capitulo cheio de sol.
De repente, as caras novas. Em ruas que não conhecia tão bem.
Os jantares de chicas, projecto frustrado do primeiro semestre, agora todas as quartas cá em casa. E as jogatanas semanais, cada vez mais preenchidas. Começamos 6 ou 7 e somos 20 agora. Vinte miúdas com muita onda e de todo o lado – a cadeia da amiga-da-amiga-de-uma-amiga minha funciona na perfeicao, e traz resultados surpreendentes.
O ambiente em casa cresceu de uma forma extraordinária – criamos a nossa própria nova cumplicidade a três, e passamos noites a gargalhar na sala. Ajuda o facto de não termos paredes a dividir os quartos, e podermos ficar meia hora na cama a aparvalhar umas com as outras, antes de apagar a luz.
Claramente um mundo mais feminino, este meu segundo – talvez ande a precisar de dizer uns palavrões para o ar e umas boas semanas de bife na frigideira; mas continuo a gostar muito de ter uma toalha de pés ao lado da banheira!
Resumindo, estou bem. Estou tranquila, por fim.

Desculpem as ausencias.
Até já!!!

lunes, 12 de mayo de 2008

Feliz Abacativersário!

Cara Tina Abacate,
A administracão do presente blog tem o prazer de anunciar que, pelo especial dia festivo, dedicará o presente dia em sua homenagem, levando a cabo uma série de eventos, patrocinados pelas saudades e amizade profunda, para o efeito; tais como pensar muito em sua pessoa, sonreir todo el dia, brindar ao bom sol que saiu hoje, recordar muito e ver muitas fotografias, sair a rua de chapeu - e sempre de chapeu -, dizer parvoices e buscar no dicionario designativos de toda a especie para chamar outras pessoas.
Parabéns meu querido Martim, seguidor fiel das minhas aventuras, comentarista profissional, atrofiado mor, meu amigo do coracao!
Espero que as tuas horas portuguesas sejam de grande palermice e muita diversao; por ca, as horas argentinas sao-lhe dedicadas!
Tenho um saquinho de limoes guardado especialmente pra si!!!

Beijinho, meu querido
(espero ser convidada para essa jantarada via videoconferencia)

domingo, 11 de mayo de 2008