Aqui chega a parte que querem mesmo, mesmo ver!! A bicharada!!
Eu introduzo: Puerto Madryn é uma cidade pequena – bastante feia, por sinal –, situada numa região de reservas naturais. A Costa, de Punta Tombo à Península Valdês, está povoada pela fauna mais incrível (para nós, nativos de outro hemisfério): os pinguins, que estão em altura de chocar ovos, e por isso há-os aos pontapés, em tocas abertas no chão; os lobos marinhos e os elefantes marinhos, gordos e preguiçosos, rebolados no chão junto à água, a parecer mortos, porque não mexem um dedo (se é que os têm); as torinas, que são uma espécie de golfinhos, mas pretos e brancos, e que saltam ao lado do barco, doidas por brincar; os manis (iauch, esqueci-me do nome, e inventei totalmente… deixemos em branco esta parte), que são coelhos gigantes, com um metro de altura; e depois os intemporais (porque se quedam na zona todo o ano) coyches (espécie de avestruz, mas mais chegada à família dos arbustos), guanacos (espécie de lamas), e… claro, as baleias! São baleias francas, têm 16 metros de comprimento, aos kilos perdi-lhes a conta, e vem aqui à baía reproduzir-se, ou dar à luz, ou só passear com os seus babies – que nascem com 4 metros de comprimento e 1 tonelada. Dizem que saltam, mas eu não tive a sorte de apanhar uma audaz – imaginam um monstrengo destes a saltar dentro de água? Onde vai parar o mar? Vejam o blog da Chloe, tem vídeos de saltos… Uau!
A paisagem é incrível, o mar… há o Mar! E a terra ganha o sentido de humor que as Pampas não permitem. Em penínsulas, em línguas de terra, em falésias, em praias de pedra, em verde e azul e castanho, e um bom happy sol que nos recebeu para o dia das baleias – eu não disse que ia ver como reflecte a luz na pele de uma baleia?
Não posso descrever, fiquem com as imagens que a minha máquina, em falta de melhor qualidade, conseguiu esforçadamente captar.
Pinguinos!
Elefantos y lobos marinos
Ballenas
And thats it!!
Na última noite, fizemos um ‘asado’ na hostal, nós os 14, mais cinco iguais a nós de direito que tinham chegado a Puerto Madryn na véspera, e os meus Anjos João e Fran, que chegaram nessa noite. Estoirámos o resto das energias, aprendemos a dançar Quarteto com os residentes - a cordobesa da recepção, o dono de 27 anos que se atirou no negócio, o colombiano que anda a dar voltas ao mundo, os amigos que se juntaram ao serão. Aguentámo-nos até ao nascer do sol, e fizemos as malas para regressar.
Voltámos cansados, cheios, com uma ‘joy’ cansada mas plena.
Fiz as Pampas no lugar cativo, num silencio maior, cansado, tranquilo, cumprimentei-as de novo ao sabor do mate e ao som da Cumbia.
Adormeci nelas, e às 9 da manhã, buenos dias, Buenos Aires, de volta à Cidade.
Boa saída. Boas Pampas.