miércoles, 19 de septiembre de 2007

Ode à Mãe

Caríssimos: é dificil para caramba.
Viver uma independência nova e desconhecida, agarrada a uma responsabilidade que pesa nos ombros – a das compras, das contas, do que falta e do que tem de ser feito -, e a uma também nova forma de viver a Saudade, constante, incontornável. Como um zumbido contínuo nos ouvidos.
Há dias chegados a casa cansados, em que parece que Buenos Aires não chega. Que a cidade não chega, que o Tango não chega, que a liberdade não chega.
Em que apetece chegar a casa e atirar o casaco (ainda o sobretudo… quando acaba este Inverno?) para um lado e a mochila para o outro, sem ter de pensar como diabo vão eles parar ao sítio certo – não ter de pensar onde é esse sítio.
Mensagem de uma Mãe, que podia ser qualquer mãe: “Minha filha, estás a aprender a viver sem um anjo da guarda que é o que todas as Mães são e vocês não percebem. Somos a barreira de muito: Faltas de dinheiro, desarrumação, desejo de fazer coisas e não poder, etc,etc,etc. . E às vezes as pessoas sentem-se perdidas no mundo quando não têm um apoio, acima...mas a autonomia, se tem custos, também é saborosa.”
Um aplauso à minha, e a todas as Mães deste mundo, que fazem a nossa vida muito mais fácil.

À Mãe, nobre Instituto (definição jurídica: realidade complexa, que envolve princípios, regras, e uma realidade particulares…. Bem, é qualquer coisa assim).
Mãe-escola, mãe-Casa, mãe-desenrasca, mãe-invisível e Mão invisivel (a Mão Invisível de Adam Smith… este, para os economistas).

Ps: Não se aflijam. A cidade chega, o Tango chega, a liberdade chega. E Buenos Aires transborda! Ou não estaria aqui. Mas o melhor do Mundo não são as crianças (sorry Pessoa), são as mães delas!!

7 comentarios:

MFA dijo...

Obrigado, Filha.

Unknown dijo...

Catarina é a tia Rita Sacadura para lhe dizer que as suas palavras me comoveram bastante.Muito obrigado por tudo o que diz.Espero que o Fran também partilhe os seus sentimentos.Um grande beijo para todos desta Mãezinha que está cheia de saudadinhas.

Lilocas dijo...

Então e os PAIS ?
Sua ingrata ! ....
Se estivesses aqui levavas 2 açoites nesse rabo,
e olha que ainda estás em muito boa idade para apanhar.
Pergunto : Quando eras pequenina, quem é que te lavava esse rabinho ao som do " ... Batuca, Batuca, Batuca, yéééé..." ?
sim, diz-me.
anda um Pai acriar uma filha para isto ! francamente.

Zé SL dijo...

A Mãe é tudo isso e muito mais ! Mas também há um Pai. Que pode ser / estar invisível ... mas que nos momentos certos / necessários aparece e diz presente. Quero que saiba que pode contar sempre comigo ... apesar de algum mau feitio ... de ser às vezes um chato ... dizem até que somos muito parecidos ... e por isso é que há choques ! Mãe há só uma ... mas Pai também ! Fico pois à espera de um "Ode ao Pai".
Bjs do Pai.
P.S. Vou amanhã para os Pirinéus onde vou estar com o Jorge; levo um saco cheio de coisas para si.

Lilocas dijo...

Aos que não me conhecem, resta-me dizer que não sou o Pai, apenas um dos tios, neste caso o mais novo e ( como devem imaginar o Pai da menina, nunca se iria intitular de Lilocas, não é ? ).
De qualquer modo, a menina até tem alguma razão, porque a sua Mãezinha é mesmo de seda...

accipiter dijo...

A maezinha é mesmo de seda ? então eu sou de bombazine com certeza. Catarina minha ! começas com sentimentalices e vou aí dar-te porrada. já me basta a tua mae e as tuas tias estarem a dar em tam-tam agora também estás a dar em...
além da fotografia do rabo da não-sei quantas... para quem nºão sabem sou o mano maluco, aliás o mano tarado dela ... o José Guilherme... notem bem, não se esqueçam, José Guilherme , ou Zé memo... aquele que atravessou Lisboa... e a São Marçal em trajos pouco próprios

accipiter dijo...

Ok quem foi o engraçadinho ? já não posso escrever o que me dá na veneta que aparece logo o nome ? como é que eu posso fazer passar vergonhas aos meus sobrinhos ?